sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PRATICAR O DESPEGO. SERÁ QUE PEGA?

Há tempos não posto nada aqui, mas nem por isso deixei de pensar, de sonhar e criar meus mais belos textos internos. Estes, quem sabe, talvez no papel virtual, não tivessem tanta essência.

Na verdade, eu gostaria que estes belos textos irreais se tornassem reais. Queria me libertar, queria fazer o que eu quero, e não o que os outros querem que eu faça. Não quero fazer o que é melhor pra mim, mas sim aquilo que me deixa feliz e com o coração quieto, calmo. É difícil quando não se tem opção.

Sou muito apegada com as minhas coisas, com a minha vida. Não sei seguir em frente e deixar pra trás tudo o que foi vivido e começar a viver novamente.

Um dos ensinamentos mais importantes da cultura budista é a prática do desapego. Platão também pregava mais ou menos isso (pelo pouco que me lembro das aulas de filisofia com o mestre Cláudio)

Existe uma famosa história zen sobre um mestre e seu discípulo. Os dois estavam a caminho da aldeia vizinha quando chegaram a um rio caudaloso e viram na margem, uma bela moça tentando atravessá-lo. O mestre zen ofereceu-lhe ajuda e, erguendo-a nos braços, levou-a até a outra margem. E depois cada qual seguiu seu caminho. Mas o discípulo ficou bastante perturbado, pois o mestre sempre lhe ensinara que um monge nunca deve se aproximar de uma mulher, nunca deve tocar uma mulher. O discípulo pensou e repensou o assunto; por fim, ao voltarem para o templo, não conseguiu mais se conter e disse ao mestre:

— Mestre, o senhor me ensina dia após dia a nunca tocar uma mulher e, apesar disso, o senhor pegou aquela bela moça nos braços e atravessou o rio com ela.

— Tolo – respondeu o mestre – Eu deixei a moça na outra margem do rio. Você ainda a está carregando.

Mas esse negócio de cultivar o desapego não é comigo, eu não funciono bem sozinha. Ninguém funciona, na verdade. Sim, sou sempre escrava da ternura.

Eu sou feliz. Quero buscar a mais felicidade onde sei que ela está. Não quero ter que ir...não quero deixar...não quero ter nó na garganta. Quero me libertar..."Quem dera ser um peixe..

2 comentários:

  1. Vc é responsável por aquilo que cativa...é o que disseram!
    Saudade Gra, beijos

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  2. eu nem te digo nada, querida... to pra ver alguem mais saudosista que eu. queria td junto. e todo mundo junto. saudade, querida! beijoo

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