quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Eu não sou mais eu. Eu sou ela.

Estou anciosa. Amanhã faz um ano. Parece que foi ontem que aquela lágrima escorreu. Parece que foi ontem que a minha vida começou. Parece que foi ontem que eu também ganhei meu sol, Lari.

E esse sol brilha tanto, que passei a enxergar o mundo tão mais nítido.

Quando a Dr. Stella me apresentou a Sophia parecia que eu nunca vivi sem ela. Deu aquele arrepio, mas eu tinha certeza que iria conseguir, que iria vencer. Era só mais uma batalha, uma batalha tão gostosa...

Primeiro era saber como dar de mamá, parecia que eu fazia aquilo há séculos. Depois dar banho, eu também já sabia, não sei como, mas sabia. A fralda era tão pequena, mas eu troquei como ninguém. Em cada choro eu sabia exatamente o que ela queria, não sei como, também.

Depois eu fui trabalhar, ai que sofrimento, ela era tão pequena e precisava tanto de mim. Para cuidar dela eu precisava enfrentar.

Quando a noite chegava, a gente deitava na cama e passava horas assistindo TV e ela ficava vidrada, como se estivesse entendendo algo, talvez estivesse, mesmo!

Depois foi a primeira papinha. Ai que medo de engasgar, mas ela degustou aquela sopinha rala e ainda chorou porque queria mais.

Logo depois, os biscoitos de polvilho. Ah, como ela gosta.

Aprendeu a ficar sentadinha...claro, com as almofadas em volta. Depois eu tirei as almofadas, e...surpresa, ela já conseguia sentar sozinha.

Quando o papai chegou com o disquinho, mal conseguia encostar os pés no chão. Deu gargalhadas impressionantes com o novo brinquedo.

Ela alcançou o chão, ai ninguém segura...

Sem o disquinho já conseguia engatinhar..e numa velocidade...

levanta sozinha, segurando nos objetos.

ah, hoje nem precisa escorar no sofá.

Uhum...as gavetas não ficam mais fechadas..e as panelas e roupas, só fora do armário.

Não tem problema, a mãe guarda tudo depois...

E os primeiros passinhos, que delícia!!

Agora ela anda, repete tudo que a mãe dela fala, sabe onde estão os vestidos e os sapatos, além de todas as gracinhas que ela sabe fazer.

A sabedoria não está só no nome, inteligente, esperta e sabe bem o que quer..E sabe que consegue sempre. Ou da mamãe, ou do papai, ou da Nice, a bababababa dela.

Enfim, não sei como vivi tanto tempo sem ela, só sei que desde o dia 28 de janeiro de 2009 descobri que nesta minha existencia só não vou aprender uma coisa: viver sem ela.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Adeus ano velho!

Que tudo se realize no ano que vai nascer!

Nesse ano não tenho nada para reclamar. Tudo foi acontecendo com muita naturalidade, as coisas que pareciam impossíveis e dificeis, foram tão possíveis e tão fáceis. Com certeza 2009 será um ano inesquecível. A chegada e a alegria da Sophia me vizeram uma pessoa bem melhor, mais adulta, mais confiante e muito bem sucedida.

Convenhamos, aquela maluqinha da faculdade que fazia as provas meio torta ou que não se dedicava tanto quanto os outros, surpreendeu até ela mesma. A capacidade de descobrir habilidades e ter a confiança de que ninguém pode fazer melhor que você. No máximo, igual!

Só me arrependo de uma coisa: ter me lamentado tanto.A vida é dura só para quem é mole e, confesso, fui mole, sim! Mas por alguns momentos. Sofrer por antecipação. Essa é a melhor descrição para mim. Sem presenciar, sem vivenciar. Achar que vai ser tão ruim que não se consegue passar.

Mas tenho muita força. Ela vem principalmente do meu marido, da minha filha e dos meus pais, das minhas irmãs. Eles foram fundamentais para todas as minhas realizações, sonhadas lá tráz, em dezembro de 2008. Descobri que só se pode dar um passo de cada vez, e só se pode chegar ao topo, quando se escala uma montanha inteira.

Hoje sonho melhor, sonho certo,sonho até baixo, mas não deixo de acreditar naquela fézinha...Quem sabe amanhã, 31 de dezembro, não acerto aqueles 6 numeruzinhos da Mega Sena da virada e ganho ai...uns...120 milhões. Aí, ano novo, prometo que nunca mais peço nada.

Ou melhor, só saúde pra poder aproveitar meu dinheirinho.

Bjus..e um lindo 2010 para todos, que ele seja tão bom quanto, ou mais que 2009!

Muito dinheiro no bolso...saúde pra dar e vender!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PRATICAR O DESPEGO. SERÁ QUE PEGA?

Há tempos não posto nada aqui, mas nem por isso deixei de pensar, de sonhar e criar meus mais belos textos internos. Estes, quem sabe, talvez no papel virtual, não tivessem tanta essência.

Na verdade, eu gostaria que estes belos textos irreais se tornassem reais. Queria me libertar, queria fazer o que eu quero, e não o que os outros querem que eu faça. Não quero fazer o que é melhor pra mim, mas sim aquilo que me deixa feliz e com o coração quieto, calmo. É difícil quando não se tem opção.

Sou muito apegada com as minhas coisas, com a minha vida. Não sei seguir em frente e deixar pra trás tudo o que foi vivido e começar a viver novamente.

Um dos ensinamentos mais importantes da cultura budista é a prática do desapego. Platão também pregava mais ou menos isso (pelo pouco que me lembro das aulas de filisofia com o mestre Cláudio)

Existe uma famosa história zen sobre um mestre e seu discípulo. Os dois estavam a caminho da aldeia vizinha quando chegaram a um rio caudaloso e viram na margem, uma bela moça tentando atravessá-lo. O mestre zen ofereceu-lhe ajuda e, erguendo-a nos braços, levou-a até a outra margem. E depois cada qual seguiu seu caminho. Mas o discípulo ficou bastante perturbado, pois o mestre sempre lhe ensinara que um monge nunca deve se aproximar de uma mulher, nunca deve tocar uma mulher. O discípulo pensou e repensou o assunto; por fim, ao voltarem para o templo, não conseguiu mais se conter e disse ao mestre:

— Mestre, o senhor me ensina dia após dia a nunca tocar uma mulher e, apesar disso, o senhor pegou aquela bela moça nos braços e atravessou o rio com ela.

— Tolo – respondeu o mestre – Eu deixei a moça na outra margem do rio. Você ainda a está carregando.

Mas esse negócio de cultivar o desapego não é comigo, eu não funciono bem sozinha. Ninguém funciona, na verdade. Sim, sou sempre escrava da ternura.

Eu sou feliz. Quero buscar a mais felicidade onde sei que ela está. Não quero ter que ir...não quero deixar...não quero ter nó na garganta. Quero me libertar..."Quem dera ser um peixe..

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

COMO FAZER UMA REPORTAGEM PARA TV

RELATO DE UMA JORNALISTA E TELESPECTADORA.


Digamos que a pauta seja a grande polêmica: “Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?”.


Detalhe: Um dos patrocinadores da emissora para a qual você trabalha, tem uma grande exportadora de ovos, vem sofrendo pressão de ambientalistas que denunciam as crueldades praticadas por eles, contra as galinhas.

Querendo ou não, a equipe de reportagem e edição, recebeu uma mensagem velada de que terá que induzir a população a crer que o ovo nasceu primeiro.

A fantástica reportagem começa com uma manchete, narrada pelo apresentador do telejornal:


“- Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? Pesquisadores da Universidade de São Paulo têm fortes indícios de que possa ter sido o ovo.”


Inicia-se a reportagem, mostra uma família feliz e bonita sentada no sofá:

“Maria do Carmo da Silva, 35 anos, conseguiu montar seu próprio negócio, seguindo a teoria de que o ovo nasceu primeiro. Quando ficou desempregada, comprou seu primeiro ovo e o revendeu para sustentar a família. Hoje já emprega 10 funcionários.”

Agora, existe a necessidade de mostrar que a reportagem é imparcial e que ouviu os dois lados. Então, a próxima imagem será de um homem de aparência grotesca e arrogante, atrás de uma mesa de escritório:

“Já Astrogildo Bernardes, presidente da Associação da Galinha Veio Primeiro, acredita que o ovo jamais poderia ter existido sem a presença da galinha:”

Astrogildo: “- É uma ingenuidade acreditar que o ovo veio primeiro, nenhum ovo nasce do nada. A galinha estava lá, antes de tudo e de todos”.

Apesar de Astrogildo ter falado por mais de duas horas, a edição só selecionou alguns segundos, justamente, seus argumentos mais fracos.

Nesse momento, a reportagem usará seu melhor recurso: a opinião popular. Transeuntes serão entrevistados.

Vanessa Ferreira, estudante: “Sim, com certeza, foi o ovo.”

Joaquim das Neves, assistente administrativo: “O que a galinha era antes de virar uma galinha? Só pode ter sido um ovo. Não dá pra negar”.

E pra finalizar, voltamos com a imagem de nossa primeira entrevistada, Maria do Carmo, com a narração do repórter:

“A polêmica é antiga, as opiniões estão divididas, mas para Maria do Carmo, o ovo não só nasceu primeiro, como trouxe renda e felicidade para ela e seus filhos”.

Close na Maria do Carmo: “O ovo, que nasceu primeiro, mudou minha vida. E espero que ele mude a vida de outras famílias também”.

Congela num sorriso carismático de Maria do Carmo. Fim da reportagem.

Mas calma, não acaba aí.

imprescindível que a próxima notícia seja: “Uma quadrilha de galinhas foi presa no sul do Paraná, portando drogas, armas e documentos falsos”.

E, se possível, o apresentador do telejornal ainda fará uma chamada: “Veja, nessa sexta, no Blábláblá Repórter, os benefícios da proteína do ovo na alimentação do brasileiro. E como ele tem ajudado crianças de comunidades carentes a vencer a desnutrição”.

Esse formato vale para qualquer tema, em qualquer emissora. Preste atenção da próxima vez.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Não podia deixar passar!

Opa! Hoje, 1° de setembro, é do dia do Corinthians!!

Contagem regressiva para o centenário. Daqui a pouco farão o lançamento do relógio que fará a contagem até setembro de 2010.

Fonte e mais informações: www.twitter.com/manomenezes

E eles preocupados com o pré-sal!

http://http://www.cultureunplugged.com/play/1081/Chicken-a-la-Carte

Filme vencedor do festival de curtas de Berlim.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Esse tal trabalho...

Tem dias que ELE me cansa!!

Quando a gente estuda, tudo é maravilha. Montar planos de negócios falsos, mentir para a professora que não faltou naquele dia (mesmo depois de ter passado a noite na gandaia e nem ter escutado o despertador), dizer que foi na viagem que você não foi, inventar personagens, criar sites e fatos, enfim, tudo o que a sua criatividade lhe sugerir.

Mas quando a gente vira gente grande, tudo muda. Tudo muda mesmo. O Plano de negócio deve ser verdadeiro e eficaz, quando você falta no trabalho precisa de atestado médico, se antes não queriamos ir nas viagens, hoje não vemos a hora de aparecer uma. Os personagens realmente existem, não falam aquilo que você quer ouvir. Os fatos criam-se por si só e os sites precisam ser funcionais, assim como este seu trabalho.

Mas e quando o este seu chefe, que não entende nada do negócio da comunicação, diz:

_Graziella precisamos nos tornar mais conhecidos. Diga ai o que devemos fazer, além do que já fazemos.

_ Sim, Sr Paulo. Por isso precisamos fazer isso, isso e aquilo.

_Ah, mas isso não dá certo.

_Não, Sr Paulo, dá sim. É assim que deve ser feito.

_Não, Graziella. Você tem que fazer isso, isso e aquilo. É assim que deve ser!

_Mas foi isso que disse, Sr Paulo. Não você disse que era aquilo, isso e isso.

_Tudo bem, ótima ideia a do Sr. Vamos fazer.

Quem entende?????